Tudo volta ao início
No começo da internet só existiam blogs e portais de acesso e notícias. Aos poucos tudo foi expandindo, surgiram as primeiras ferramentas agregadoras, as plataformas sociais onde se podia compartilhar gostos, experiências e encontrar velhos amigos da época de colégio.
Não demorou muito para que fotos de vídeos pudessem ser compartilhados em álbuns pessoais para que as pessoas da rede acompanhassem umas às outras mesmo entre grandes distâncias.
Surgiam as primeiras plataformas para compartilhamento de vídeo, fotos e áudio. Depois de uma breve batalha as escolhidas se estabeleceram e foram ganhando mais adeptos. O Youtube começou como uma pequena plataforma onde amigos poderiam compartilhar seu dia-a-dia em vídeo, uma evolução do blog, cujo propósito era o mesmo, mas forma escrita. Nisso pessoas comuns ganharam uma plataforma para contar suas histórias e compartilha-las com o mundo pelas redes sociais. No dia 09 de outubro de 2006 o Google compra o Youtube.
Em 2008 surge o Facebook e em pouco tempo coloca a rede social queridinha dos brasileiro, o Orkut, para escanteio. Recém adquirida pelo Google, nem mesmo a empresa conseguiu revitalizar a rede social, que encerrou sua existência oficial em 30 de setembro de 2014. O Facebook logo ganho a preferência dos brasileiros, com sua interface mais limpa, minimalista, seu feed de notícias composto pelas pessoas que você seguia e as páginas que curtia, muito semelhante ao seu concorrente Twitter, cuja proposta era mais minimalista e inspirada nas mensagen de SMS, com 140 caracteres, muito utilizada em celulares da década de 2000.
Lançado em outubro de 2010 o Instagram se tornou um sucesso em pouco tempo. Inicialmente disponível apenas para usuários de iPhone, o Instagram trazia filtros com uma proposta mais nostálgica e foco exclusivo em fotos. Não havia um site para acesso via computador e durante muito tempo os usuário de Android foram excluídos da rede social, formando quase uma casta de elite para quem possuia iPhone.
Em resumo, com o passar dos anos as gigantes da internet foram assimilando os pequenos que se destacavam e faziam sucesso, dominando os espaços mais populares e expandindo as possibilidades das empresas adquiridas. Hoje o Twitter, Instagram, Youtube e Facebook, conhecidas como As Big Techs, concentram grande parte do público, permitindo a troca de ideias, informações, contatos, oportunidades e experiências. Infelizmente, devido às últimas reviravoltas no mundo político, essas plataformas tomaram para si o direito de decidir o que é ou não aceito que se compartilhe. Muitas vezes com regras confusas e nada claras para aplicar confirme convêm a situação, sem mencionar as constantes atualizações unilaterais das mesmas, começam a tornar o solo, antes fértil, em terra salobra.
Com essa pressão das plataformas para calar ideias que as desagradam as pessoas em breve terão apenas o caminho de volta ao início da internet, onde cada um possuia um blog, um território virtual próprio. Nos últimos anos vimos o nascer das redes federadas, uma proposta descentralizada nos moldes das atuais plataformas, mas sem o controle central das Big Techs. Cada pessoa, ou grupo de pessoas, pode ter um servidor próprio, cuja rede social federada se conecta à outras redes federadas, tornando obsoleta a ideia de vários perfil, um em cada rede social. Com o tempo, e a pressão das plataformas, este pode ser o caminho a se seguir.
E este é meu objetivo com este domínio: criar um espaço onde possa postar, compartilhar, criticar e expôr meus pensamentos sem medo de ser limado, limitado, excluído ou controlado. No momento só existe este blog, mas em breve pretendo ter uma rede federada com base no Pixelfed para postagem de fotos e uma Pleroma, no estilo twitter, onde possa me conectar a outras pessoas via servidores federados independentes. E talvez um servidor de e-mail próprio, onde minhas mensagens possam estar realmente sobre meu controle.
No momento, das BigTechs, possuo uma conta no Instagram e outra no Twitter, além da Google. Pretendo continuar com elas, mas repostando o que coloco na do meu domínio primeiro.
De alternativas, tenho conta no Gab.com e Liberdon, um servidor Mastodon para ancaps e libertários.
UPDATE (17/03/2022):
Devido a algum problema com a "burrice artifiical" do instagram, o novo perfil que criei não existe mais.
Detalhes no post Deu A Louca No Instagram.