BR não é para amadores
Imagina a cena: você se junta com vários amigos para jogar um jogo de tabuleiro, daqueles que eram bastante comuns no final da década de 1980 e início da de 1990.
Vai tudo muito bom, vai tudo muito bem, até que um dado momento um dos seus amigos decide mudar as regras do jogo por se sentir sem sorte e com muita vontade de ganhar a partida.
Vemos esse tipo de comportamento bem claramente hoje em dia no, assim denominado, tribunal mais supremo do BR.
Ontem, dia 20 de abril, por 10 votos contra 1, foi oficializado o tal crime de opinião pelo referido tribunal estatal ao condenar o então deputado Daniel Silveira, cuja própria constituição rege uma suposta proteção contra retaliações por exercício da função, mas, como todo garrancho político, só serve enquanto não se vira contra os "donos da bola".
Com esse precedente a situação de todas as pessoas no país muda dramaticamente, pois se um deputado federal, cuja função como parlamentar, com proteção constitucional, pode ser condenado com algumas distorções semânticas dependendo de quem o parlamentar critica, meu amigo, estamos todos lascados!
Se duvidar de um processo eletivo é motivo de aprisionamento, mesmo sem nada no código penal ou nenhum outro papelzinho estatal rasurado, o que os impede de mandar prender alguém e/ou confiscar seus pertences por discordar da opinião de quem está dos deuses máximos do judiciário?
"Fake news", dizem eles. Antidemocrático, bradam eles. Mas a verdade, a única verdade é que eles tem o poder nas mãos, um poder desigual e opressor e se simples palavras podem fazer com que estes deuses se sintam ameaçados, eles usaram todo o poder disponível para calar aqueles que pensam de forma livre e crítica, alegando mentiras e ataques às instituições. Sabe quem mais age como ditador alegando um suposto respeito à democracia? Ditadores!
É meu amigo, estamos f*didos! Ou aprendemos a nos defender ou um dia, talvez muito breve, estejamos vivendo uma ditadura clara e não mais velada como até hoje foi.