Smartphones
Desde que me lembre sempre fui um curioso nato! Adorava desmontar as coisas pra ver como elas funcionavam. A lógica e mecânica dos objetos me fascinava! E ainda fascina! Acho que por isso me voltei tanto pra área tecnológica, visual e de efeitos. Saber como as coisas são feitas é algo que me cativa.
Com os smartphones não poderia ser diferente. E desde o lançamento do primeiro iPhone que vivemos uma corrida para chegar no dispositivo portátil mais rápido, mas leve, mais capaz, com mais megapixels ou simplesmente mais acessível. E este justo aparelho (iPhone) tem sido um objeto de desejo meu, mas sempre inacessível devido seu alto custo no Brasil.
Meu primeiro "smartphone" foi um LG P698 Dual Sim básico, com Android 2 ainda.
Na ocasião era um investimento modesto no universo de dispositivos multi-tarefa e foi um grande aprendizado.
Infelizmente seu maior problema pra mim na época era seu limitado espaço interno de pouco mais de 250mb disponível. Mesmo com cartão SD, o sistema e os aplicativos tomavam muito espaço e sempre acabava ficando no dilema: "o que apagar".
Pra quem não conhece o Android, ele permite transferir alguns programas para o cartão de memória, mas o que não se diz é que ele não transfere o aplicativo por inteiro. Parte dele, pois a maioria do app fica ainda ocupando o espaço interno.
Com um ano de uso eu resolvi chutar o pau da barraca e comprar um top de linha. A escolha na ocasião da Black Friday foi o Samsung Galaxy S3.
Sem dúvida um salto em matéria de velocidade, imagem e espaço interno comparado ao LG.
Foi um excelente aparelho nos seus seus primeiros 6 meses de uso, quando soube dos problemas que a marca Samsung traz ao Android. Os primeiros problemas ocorreram discretamente, como algo "normal" da plataforma: lentidão e travamentos. O que me obrigava a, eventualmente, reiniciar o aparelho ou chegar ao extremo de redefini-lo aos padrões de fábrica.
Soluções estas que não tiveram efeito quando os outro problemas emergiram: aparelho reiniciava sozinho, esquentava "do nada", desligava no meio da noite (ligado na tomada), chegava ao ponto de perder ligações, mesmo com o indicador de nível de sinal estar no máximo!
Quando os travamentos e desligamentos chegaram a um nível intolerável eu o levei para a assistência, como estava na garantia, não tive prejuízo, mas já havia perdido o gosto pelo aparelho. Por sorte não enfrentei a Morte Súbita que atingiu vários S3 ao redor do mundo. Ao que parece um problema de fábrica que a Samsung se negou a reconhecer.
Finalmente vendi o S3 e me vi novamente atraído pela marca Samsung devido ao recém lançado S4 Mini Duos. Apesar dos problemas encontrados com o S3 acreditava que pudesse ser um caso isolado e a interface Touchwiz da sul-coreana me agradava bastante.
O Galaxy S4 Mini foi um aparelho fenomenal! Muito mais do que eu esperava, apesar de possuir apenas 8gb de espaço interno, metade do S3. Mas com capacidade para dois chips e um cartão de memória, era tudo que eu desejava em um smartfone.
Infelizmente, após os fatídicos seis meses este começou a apresentar os mesmos problemas no seu irmão, o S3. Desligamento e reinicio por conta própria, de forma aleatória, super aquecimento sem motivo aparente e muita lentidão.
Uma coisa posso dizer dos Galaxys da linha S (os que testei), a câmera é muito boa! Superior em alguns aspectos a do iPhone!
E mais uma vez fui obrigado e vendê-lo e aguardar uma nova oportunidade para compra de um sucessor.
Oportunidade esta que não tardou a chegar e eu fui agraciado com a chance de comprar o que, para muitos, é o Santo Graal dos smartphones. O iPhone, modelo 5s.
Já possuo um iPad Retina (iPad 3) e antes tinha um iPod Touch de 4ª geração. Então sou familiarizado com o sistema destes dispositivos.
A única coisa que o iPhone trouxe de novo foi a possibilidade de trabalhar com o 3G onde eu só conhecia o iOS funcionando via Wi-Fi.
Infelizmente a Apple não trouxe mais inovações ao segmento de tecnologia móvel, ficando estas inovações para seus concorrentes, que podem sonhar alto e trazer assistentes virtuais muito mais eficientes que a Siri (inclusive com boa compreensão do nosso português).
O que pude sentir de diferença entre os Androids que testei, os que vi em reviews e o iPhone é que:
1º- a Apple se preocupa bastante com a estabilidade, usabilidade, segurança e designer de seus produtos. Entretanto peca no quesito inovação. O lançamento do iPhone sem dúvida mudou o rumo do mercado de smartphones, porém, de lá pra cá, vimos pouca coisa mudar no iPhone. Atualmente a Apple está defasada em comparação aos seus concorrentes, correndo atrás de empresas como Samsung e Motorola. Se apoiando ainda na sua loja virtual, a iTunes Store, e nos seus elegantes aplicativos, a empresa de Copertino consegue manter uma legião fiel de compradores, o que a mantém ainda no ramo. Não fosse este ecossistema, a mesma já teria desistido, frente a aparelhos mais robustos, com mais recursos e apps cada dia mais evoluídos de outras plataformas.
2º- o Android como sistema operacional teve um salto maior do que o iOS nos últimos anos, no que diz respeito a design e usabilidade. O sistema em si é ótimo, estável e rápido, o grande problema dele são as empresas que disponibilizam o mesmo com uma interface própria, notificada e muitas vezes pesada. Essas mudanças impostas a um sistema "redondo" causam a instabilidade e os constantes bugs em aplicativos após certo tempo. Aparelhos como os da linha Motorolas Moto vem com o Android praticamente puro, apenas possuem poucos, e excelentes, programas da empresa, que complementam o uso do mesmo sem comprometer a estabilidade.
O grande problema do Android, segundo especialistas, é a máquina virtual Java, necessária para rodar aplicativos. Esta máquina consome muita memória e, por tanto, para se ter uma boa experiência Android, equiparável ao iPhone, um mínimo de 2gb de memória é necessário. Como o iOS não possui essa dependência, ele pode rodar suavemente com apenas 1gb. Mas aparelhos como o Moto G e Moto E possuem 1gb ou menos de memória e, segundos reviews, rodam bem. Acredito eu que seja por conta do Android puro adotado pela Motorola.
E para encerrar este post um, review rápido deste que é minha primeira experiência com Windows Phone. Nokia Lumia 530. Adianto informando que esta é uma opinião pessoal, embasada apenas em pouco mais de um mês de uso.
Apesar de um hardware de entrada, fraco e limitado, o sistema tira bom proveito disso. Ele é rápido, ótima resposta ao toque e muitíssimo leve! Mas peca, peça muito, em ferramentas de personalização, ajustes (com exceção do excelente gerenciamento de bateria) e aplicativos. Estes últimos são escassos e com designer que lembra os primeiros apps para Android. O próprio Office que acompanha o aparelho de fábrica é incompatível com formato de documento do Office 2010, permitindo apenas a leitura.
Embora seja uma promessa para o futuro, atualmente o Windows Phone ainda precisa melhorar muito. Este aparelho específico ainda conta com certos agravantes de designer. A tampa traseira é feita de um matéria que escorrega fácil na mão, a saída de som fica atrás, sem nada para deixá-lo levemente irregular ao plano, você não escutara ele tocar se estiver longe (a menos que seu volume de toque esteja no máximo, mas ai se prepare para o estrondo quando o tirar da mesa). Outro problema que encontrei foi no vibra, fraquíssimo! Não há também uma opção para ajuste personalizáveis de brilho (ele possui só 3 estágios de brilho, fraco, média e alto), não possui opção de "não perturbe", tocando notificações a noite toda conforme você as recebe. Idem para toques ou vibra. Não existe como mudar de um estágio para o outro, sendo possível apenas reduzindo o volume para 0, ai ele entra em modo vibra, mas com ele no bolso, um simples toque na tecla power ativa a tela e pode mudar essa configuração.
Ao meu ver, o mercado ainda se divide entre Android e iOS. Não há dúvidas de que o sistema da Apple é mais estável e confiável, porém peca na personalização e inovação. O Android, por seu lado, é costumizável, de conexão fácil entre outros dispositivos via Bluetooth e encontra-se em grande variedade, com certeza um modelo vai agradar a alguém. Mas peca em necessitar um hardware mais robusto para atingir o desempenho de um iPhone.
No final das contas, você pode trabalhar e se divertir bem com um quanto com o outro. Pontos positivos e negativos sempre existirão, resta saber qual das plataformas oferece a você a melhor experiência e a melhor eficiência e praticidade. Apple e iPhone oferecem um sistema de produtos integrados, rápidos, práticos e elegantes. O Android oferece modernidade, melhor duração de bateria, hardware robusto e uma loja de apps que rivaliza com a da Apple. No final, a escolha é de mérito pessoal, não de uma marca.